terça-feira, 16 de julho de 2013

RIVIERA NAYARIT - México







Não conhecia o lugar nem de nome, pois não é um dos pontos mais divulgados do México nem pra surfar, nem pra turismo de uma maneira geral. Vim embora muito contrariada depois de passar 15 dias por lá. Fomos pra descansar bastante e pra surfar sem esquentar a cabeça depois de um período bem estressante no trabalho. 


Pra chegar ao destino final pegamos um avião até a Cidade do México e de lá um outro até Puerto Vallarta. No último aeroporto pegamos um táxi e em meia hora chegamos ao hotel. Nos hospedamos pelos 15 dias no Hotel Costa Azul que fica em San Pancho. O Costa Azul é do tipo pé na areia, que segundo já tínhamos visto na internet teria uma estrutura especializada em surf trips.A piscina é linda e é permitido nadar à noite também, porém o conselho é deixar a toalha bem perto da piscina pra se secar logo, pois venta um pouco e dá até pra sentir frio apesar dos dias e noites super quentes. 



Quando fomos em 2010, a direção do hotel parecia estar com problemas, segundo nos disseram alguns funcionários, e apesar disso, graças a esses funcionários foi tudo muito perfeito para nós. Achei válido atualizar o post pois hoje em dia, tenho visto sites dizendo que o hotel está fechado para reforma, com novos donos. Porém o site continua o mesmo, e não consta essa informação lá. Muita gente também andou reclamando das condições de manutenção do hotel, mas eu insisto em dizer que quando fomos, tudo se encaixou perfeitamente com o que queríamos vivenciar lá.


 

 
O pôr do sol no oceano visto das cadeiras da piscina é maravilhoso, ou mesmo visto da sacada da suíte, do alto de uma trilha no morro ou das pedras do canto direito da praia. Ainda se pode deitar em uma das redes, ou jogar ping-pong numa mesa de concreto na areia. Para os que não conseguem se desligar totalmente do mundo tem uma tela bem grande no bar do restaurante onde eles colocam pra passar programas de noticias, jogos e musica. Tem também internet. 




O hotel conta com um restaurante amplo com pratos muito gostosos feitos pela equipe Roberto Carlos, Omar, Kary, Pietra, encabeçada pelo chefe Luis. São todos eles pessoas extremamente atenciosas e simpáticas, com as quais fizemos uma  boa amizade. (mais uma vez atualizando,  essas pessoas já não trabalham mais lá)


Adorei as estrelas de metal maravilhosas penduradas no teto. Tenho a impressão que elas são algo típico da região pois vi em outros lugares e até compramos uma miniatura pra casa. 
 

Pratos fartos e deliciosos!

Como ficamos por muito tempo no hotel e com todas as refeições inclusas e à vontade, algumas vezes fomos surpreendidos com pratos especiais que eles fizeram para mudar nosso cardápio. Uma dessas surpresas foi no dia do meu aniversário, com direito a  entrada, prato principal e bolo com velas e parabéns. Foi um dos melhores aniversários da minha vida pelo carinho e atenção que recebi desses novos amigos. 


Saladinha diária.

O sabor dos pratos era muito bom, e não teve um só dia que eu não comesse a salada, que é gigante, deliciosa e vem acompanhada com "la vinagreta" que o Luis faz (que nada tem a ver com o nosso vinagrete) que foi uma das melhores coisas que eu conheci no México, tanto que ele me deu a receita e eu fiz assim que voltei. Ela é um pouco apimentada e no seu preparo vai gengibre. 

Luis, o chefe...muito querido.
O que fazer:

Quem vai sem a menor intenção de surfar também aproveita muito a estadia, não só pela estrutura do hotel, mas pelas praias maravilhosas e pela cidadezinha. É possível ir a pé do hotel até a cidade mesmo quando já é noite. Caminha-se pela estradinha de terra no escuro, porque não há holofotes no caminho, mas é completamente seguro e algo que na minha opinião até se deve fazer.





Todos os dias no final de tarde o Angel, um dos responsáveis por agendar as programações dos hóspedes, vinha nos procurar para saber o que queríamos marcar para fazer na manhã seguinte. Em geral fazíamos uma saída (já inclusa no pacote do hotel) pela manhã e depois o período da tarde era um pouco mais por nossa conta. Como na maioria das vezes o passeio da manhã era pra surfar, à tarde ficávamos mais sossegados nas áreas do hotel ou na cidade. 



Outros passeios diferentes oferecidos pelo hotel e que nós fizemos foram a cavalgada no final de tarde, o snorkeling nas Islas Marietas, o passeio de kaiak e o passeio de barco por San Blass. Em duas tardes fomos até a cidade e tomamos um sorvete e conhecemos algumas lojas de lá. 



A cavalgada deve ser agendada no hotel e tem um funcionário que é responsável por guiar esse passeio. Passamos com os cavalos pela estrada de terra, pela praia e fomos até um ponto mais alto ver o mar de cima.


O passeio de kaiak leva até uma praia paradisíaca de água cor ciano, onde dá pra fazer um pouco de snorkeling e ver peixes e moréias. Um conselho a quem pensar em fazer, é usar uma luva para remar. Eu tenho mão pequena e forçava muito o remo, o que me fez ficar com duas bolhas doloridas nos polegares. O passeio é muito bom e o kaiak uma aventura.



O passeio chamado San Blass é realizado de barco pelo rio, em uma região de mangue que chega em um tipo de conservatório de crocodilos. No meio do caminho a natureza dá um show, e aparecem aves, jabotis, mamíferos e crocodilos. Já no conservatório é possível mergulhar em um lago de água limpinha e sentar em uma mesinha de bar pra tomar algo.




Para ir a San Blass precisa acordar cedo. Não me lembro de ter sofrido com mosquitos nesse dia, mas como é no mangue é bom levar repelente. Máquina fotográfica é um ótima companheira durante toda a viagem, mas nesse dia em especial dá para fazer fotos muito boas.








Em San Pancho não tem balada e vida agitada. Pra quem quer fazer algo mais agitado a noite, dá para ir até Sayulita, porém precisa de carro ou taxi pra chegar lá. O pessoal do hotel acaba fazendo esses convites, mas quem quer acordar cedo pra ir pro mar como nós não vai, porque a tequila rola solta. 




O surf:

O hotel possui pranchas para emprestar mas estão em condições precárias, por isso, ainda que a Mexicana cobre caro pelo transporte das pranchas (sem seguro, portanto sem garantia nenhuma), vale a pena levar sua própria. 

Sempre vai um guia de surf junto, e embora tenhamos ido alguns dias com outras pessoas, a nossa guia oficial foi a Desireé. Ela é uma garota de origem Canadense que já viveu em tudo quanto é lugar e está em Vallarta agora trabalhando como guia e também em uma galeria em Sayulita. Gostamos muito da companhia dela, atenciosa, simpática e conhecia tudo por lá. Conhecemos outros guias dos quais também gostamos, mas a Desireé ficou no coração mesmo...


Platanitos
La Lancha
As saídas para surfar acontecem nas manhãs. O único dia que surfamos a tarde foi o dia em que chegamos, e estávamos muito na pegada de cair no mar. Nesse primeiro dia fomos para Sayulita sem guia apenas utilizando a van do hotel. O mar estava quase sem ondas e com um certo crowd, porém verdinho...


Nos outros dias fomos conhecendo as outras praias, todas sem exceção lindíssimas. Vou começar falando um pouco delas mas mais pra frente atualizo o post com os comentários do Rô sobre o surf em cada uma delas. 

- Sayulita: praia pequena com bastante estrutura de bares, estadia e restaurantes. Também é lá que acontecem as aulas de surf e há locais de aluguel de pranchas. Tem um pouco de crowd por causa dessa estrutura que existe.

 - Veneros: é uma praia de mar verdinho e tem alguns hotéis de frente pro mar. Lá passei com a prancha por cima de vários peixes enquanto surfava. Também tem pedras grandes no fundo, e enquanto se espera as ondas deitado na prancha é possível ver tartarugas, arraias e, peixes.

Veneros
Veneros
Veneros
Veneros
 - Los Burros / La lancha: são duas praias parecidas e próximas. Sempre que íamos a uma delas acabávamos passando na outra também para ver como estavam as ondas. Los Burros geralmente está melhor, e lá o surf rola na frente de um paredão. Para entrar no mar precisa precisa tomar cuidado com as pedras no início. Depois, quando a maré está mais baixa tem uma pedra maior que às vezes fica visível bem na frente das ondas. Em La Lancha só se passa por umas pedras pequenas e arredondadas ainda no raso, mas não me lembro de ter surfado sobre rochas lá.

 
La Lancha
Los Burros

- Platanitos: fica mais ao norte, e a van para no alto no final de uma estradinha de onde se tem uma vista panorâmica muito bonita dessa praia longa com coqueiros em sua extensão. Pra chegar no mar precisa atravessar um rio e o pico é na boca desse rio. Surfar ali significa surfar na companhia dos pelicanos, que passam o tempo todo voando por cima das ondas. Disseram pra mim que em Platanitos tem tubarões, mas não sei se é verdade. 

 
Platanitos
Platanitos
Platanitos



- Chacala: minha praia do coração. É uma praia coberta por pedras e rochas de origem vulcânica, com água super transparente. Lá é possível ver vários bichos, como as aves, peixes, siri e caranguejos coloridos.

Chacala
Chacala

Tem um senhorzinho que mora lá numa cabana e toma conta da praia, que é particular. Ele é o único morador, e vive de um jeito muito rústico. Enquanto eu fazia milhares de fotos ele fez uma panqueca pra mim, e veio trazer nas pedras onde eu estava.



Chacala

As ondas entram no canto esquerdo, e quando fomos estavam pequenas porque não havia swell, mas dizem que quando as ondas estão maiores o mar lá tem esquerdas perfeitas. Mesmo sem swell pudemos surfar bastante. 

Chacala
Ro em Chacala
É possível ver o fundo de corais poucos centímetros abaixo da superfície da onda, e o melhor é enxergar os peixes coloridos passando. Quando chegamos lá fiquei tão apaixonada que não parava de fazer fotos e nem pensei em ir surfar.

Chacala
Chacala
O Rô caiu direto com o guia que foi junto e ficou o tempo todo me chamando pra entrar também, mas a decisão entre fotografar e surfar estava muito difícil. Quando eu resolvi surfar já estávamos nos últimos minutos por lá e acabei me arrependendo de não ter ido antes, porque as ondas eram muito boas e o visual perfeito. 

Chacala
Chacala

Pra entrar no mar é bom tomar um pouco de cuidado, porque embora eu não tenha visto, dizem que lá é cheio de ouriços do mar. Entramos já deitados nas pranchas sem encostar no chão, e fomos remando em direção ao canto esquerdo onde estavam as ondas. Não precisamos dar nenhum joelhinho.


A viagem foi perfeita nos mínimos detalhes, e não me questiono nem um pouco ao dizer que foi uma das melhores que já fiz. Eu voltaria (e quem sabe voltarei...) pra fazer tudo exatamente igual! A não ser por um detalhe...eu surfaria muito mais do que vinte minutos em Chacala!
   
Cerca que "separa"o hotel da praia
La Peligrosa, o escorpião de um dos funcionários do hotel
Sunblass

Chacala



Um comentário:

  1. Meu, a praia de Veneros pra mim é a mais linda. Parece fundo de tela do Windows, rsrs.
    Paty, aquela estrela parece uma piñata, será que não tem a ver? Você tentou dar uma paulada em uma?rsrs
    Beijão e abraço pro Roger.

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