sexta-feira, 8 de junho de 2012

Espírito Santo - Escalada em Vitória e Vila Velha



Decidimos passar um final de semana no Espírito Santo pra comemorar meu aniversário, sem saber exatamente o que encontraríamos para fazer por lá. No intervalo entre a compra das passagens e o dia da ida, pesquisamos sobre os points de surf e sobre escalada na região. Levamos as pranchas e levamos também uma malinha com os equipamentos da escalada.

Chegamos no aeroporto em Vitória e pegamos um táxi até Vila Velha. É pertinho, mas pegamos um pouco de trânsito para passar o pedágio e atravessar a ponte que liga as duas cidades. A dica para quem vai fazer esse percurso, é que o faça antes do horário de pico que é depois de 5:30 P.M. Nós fomos bem nesse horário e a lentidão estava começando.
Ficamos num hotel chamado Plaza Mar de frente para a praia de Itaparica.


O lugar é muito gostoso. A praia de areia alaranjada estava tranquila, afinal escolhemos o início do inverno.  Porém, o que nos contaram é que ali tem muito mais agito em temporada. As pessoas podem aproveitar a calçada larga para caminhar ou correr e há ainda uma ciclovia na orla.











Alguns quiosques funcionam na areia, mas fora isso, na avenida da praia ali perto do hotel não há muita variedade de lugares para comer. Fomos almoçar um dia no Caranguejo do Assis e o prato escolhido foi filé (nada típico) e estava muito bom.

Na primeira noite jantamos na casa de uma amigo, que nos deu um monte de dicas de onde ir e se ofereceu pra nos acompanhar em alguns momentos. Combinamos então de subir o Morro do Moreno e tentar uma escalada por lá. Fomos no dia seguinte de carona com a esposa dele que nos deixou na base do morro. A subida a pé começa por uma estradinha que é bem tranquila até virar uma trilha, também tranquila, que leva à base das vias. Fomos para o setor Testa e entramos na via Bela Vista, uma via fácil de terceiro grau. O único porém é que tem um esticão desprotegido que no caso de queda o guia chega até o chão. Como havia um pessoal fazendo rapel bem nessa via, resolvemos fazer a segunda enfiada pela via Prato Feito, de quarto grau, bem tranquila também. Chegamos ao cume e encontramos um pessoal tendo aula com o Oswaldo Baldin, o que foi uma coincidência incrível pois o Tácio havia comentado antes da viagem que era para procurarmos por ele lá no Espírito Santo. O Oswaldo nos deu a dica de um lugar chamado Pedra da Ilha do Boi, onde é possível escalar a noite (mais detalhes depois).






Aproveitamos a vista do cume, depois fomos até o ponto mais alto do morro, onde tem uma rampa de vôo livre. Lá tem a casa de um senhorzinho que vende bebidas e salgadinhos. Aproveitamos para beber muita água pois o calor era gigante. A vista é fantástica! Tinham dois parapentes (paragliders) voando, deu saudades no Roger, da época que ele voava.



A descida é relativamente rápida e curta. Pegamos um táxi até o hotel, trocamos de roupa e fomos para o mar. A água estava fria mas não gelada como as pessoas diziam estar. Ficamos um bom tempo aproveitando para nadar, pois não tinha chegado swell e nem havia sinal de ondas, mesmo nas praias mais promissoras.

De noite vencemos o cansaço (e isso foi bem difícil) e fomos até a Pedra da Ilha do Boi, ver como era a tal escalada noturna. O taxista não sabia exatamente onde era a pedra, mas chegamos lá dizendo que era perto do circo que estava na cidade e também atrás de um shopping. Tudo deu certo e lá estávamos nós na rocha bem iluminada conhecida por ser o ponto de encontro noturno dos escaladores da região. Porém, ao invés de escaladores encontramos por lá um grupo que foi fazer rapel pela primeira vez, acompanhados do Jerônimo (ou Gerônimo?), um guia de escalada local. Conversamos bastante com todo mundo e foi muito engraçado quando viram que ao invés de descer como eles nós íamos subir a rocha. Fizemos a Via das Damas, um IV sup bem legal de fazer, com alguns movimentos mais de equilíbrio do que a aderência da escalada que tínhamos feitos de dia. A torcida na base foi divertida.

Na hora de ir embora foi um pouco ruim, pois saímos depois das dez da noite procurando táxi numa região bem vazia e que dizem não ser um bom lugar pra ficar andando de noite, mas acabou dando tudo certo. Chegamos no hotel e descansamos para o próximo dia.

A idéia inicial quando acordamos no segundo dia era achar uma praia com ondas e surfar. Nosso amigo veio nos buscar no hotel e fomos de carro até os picos de surf da região (Barra do Jucu principalmente), mas não havia ondulação. Passeamos um pouco mais pela orla e decidimos ir até o Convento Nossa Senhora da Penha. Subimos a ladeira, passeamos por alguns salões do convento e aproveitamos mais uma vez a vista.  Tomamos sorvete num jardim cheio de macaquinhos e sentamos numa pedra com vista para o Morro do Moreno, de onde víamos as vias que tínhamos escalado no dia anterior.





Ao descer a ladeira do convento, chegamos numa praia de pescadores, imprópria para banho, mas onde tem uma praça bem grande e banquinhos pra se sentar olhando o mar. Logo perto dali foi onde sentamos para almoçar em um restaurante chamado Stragalar (Rua Pedro Palácios 79, Centro, Vila Velha). A comida estava boa, o restaurante é bem simples e algumas mesas são colocadas na pracinha da igreja que tem na frente, fazendo um clima especial.

Na mesma praça pegamos o último táxi pro hotel. De lá saímos com o nosso amigo para dar umas voltas conhecendo a cidade. Entramos em algumas ilhas, passamos por praias, bares, vimos os portos e paramos pra tomar um açaí e depois num barzinho antes de irmos pro aeroporto.

Voamos de volta pra São Paulo tendo a certeza de que ainda temos muito o que fazer/conhecer no Espírito Santo. Faltaram as ondas, mas esporte de natureza é assim mesmo. Além disso, a escalada de dia e de noite compensou muito. Agradecimentos especiais ao nosso amigo que nos ajudou muito na viagem.

Até a próxima!








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