quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

SÃO FRANCISCO XAVIER - São Paulo / Brasil




Várias pessoas já tinham nos falado pra ir conhecer são Francisco Xavier Estava em nossos planos desde a primeira vez que nos falaram, e, finalmente, no feriado da Consciência Negra resolvemos ir. 
Foi tudo decidido bem em cima da hora, e não foi fácil encontrar uma pousada.  Só no meio do primeiro dia do feriado é que decidimos ir por causa de uma ligação que recebemos da dona da pousada Kolibri, dizendo que tinha conseguido vagas por causa de uma desistência.

Chamamos meus pais que estavam incluidos nos planos de viagem, eles toparam, fomos....

A pousada Kolibri é uma delícia. O sossego é sua maior característica. O atendimento foi muito cordial, pela proprietária (Frederique) e pelos seus funcionários (uma americana e um marroquino).
Meus pais ficaram em um chalé e nós ficamos em um quarto com um detalhe bem peculiar: era um antigo estábulo, que foi transformado em quartos e banheiros. Os banheiros eram externos, porém cada quarto com o seu, de uso exclusivo. A porta do quarto era dividida ao meio como se ainda existissem os cavalos lá dentro.
O café da manhã era bem servido, e a noite nos foi oferecido um chazinho, que acabamos não tomando, mas com certeza teria sido uma delícia sentar na grande sala que tem na sede da pousada, batendo um papo e conhecendo outras pessoas e culturas.

Existe uma trilha dentro dos limites da pousada que leva a uma cachoeira, o que torna uma piscina dispensável.
Pra quem gosta de ler tem uma biblioteca bem farta, mas mal tivemos tempo pra ficar ali.
A localização pode ser considerada boa ou não, dependendo dos objetivos de quem viaja. No nosso caso consideramos ótima...um pouco afastada da cidade, com um caminho muito bom por estrada de terra, porém sem ser longe o suficiente para dar preguiça de ir jantar nos restaurantes de São Francisco. 

A distância até São Paulo é um pouco grande, dando umas 3 hs de viagem. 
Chegamos o inicio da tarde, meio cansados, então decidimos ir direto para a pousada Porém, no meio do caminho, começamos a ver placas da cachoeira Pedro Davi, e para chegarmos até a pousada tínhamos que passar  exatamente na entrada da cachoeira, Assim sendo, paramos para conhecê-la. 
Era um dia de semana comum na cidade, já que o feriado era municipal e não estadual, então a cachoeira estava relativamente vazia. Porém o acesso é muito fácil, com estrutura de escadas e corrimões, estacionamento, gente vendendo coisas na entrada. Cruzamos algumas pessoas que já tinham bebido muito naquela tarde, carregando um som alto e ruim, saindo do local. Isso me fez imaginar que, apesar de ser um lugar bonito, aos finais de semana e férias deve ser bem chato pra quem quer tranquilidade e natureza. Mas valeu ir até ela conhecer e com a sorte de estar bem vazia.

Cachoeira Pedro Davi by Patricia Cuyumjian

Ao chegar na pousada fomos informados da trilha que havia lá dentro, e aproveitamos para fazê-la no final de tarde que ainda teríamos. Foi uma ótima escolha. Conseguimos atingir um nível melhor de contato com a natureza, e o Rô chegou a dar uns mergulhos pra entrar no clima de São Xico.

No dia seguinte o passeio foi pela trilha do mirante, no Pouso do Rochedo. Foi muito legal, mas teve uma roubada com a qual eu não contava. Eu achei que esse passeio seria uma escolha interessante para nós (e era o que o Rô mais queria fazer) e para os meus pais, pois havia lido no site que pagando uma taxa, pode-se desfrutar do lugar, dos jardins, da piscina (que por sinal é fantástica), e imaginei que passar o dia ali não seria nada mal pra ninguém. O meu erro foi não saber que lá não tinha restaurante, e que com chuva, não teria nada pra fazer. Acabou sendo uma trilha muito legal pra mim e pro Rô, mas um dia de tédio na chuva pro resto do pessoal, que nem tinha onde comer. Então a dica é levar comidinha pra passar o dia por lá..


A trilha que fizemos lá no Pouso do Rochedo tem diferentes níveis, dependendo de até onde se vai. Para acessar as cachoeiras é um pouco mais tranquilo, mas quando se decide ir até o Mirante do Cruzeiro, vira uma subida sem fim. Tudo muito bem demarcado e com manutenção de toda a trilha, mas exige bastante do físico. Tem uma bica no meio da trilha, onde é fundamental parar e encher a garrafinha d`água. Da bica em diante é só pirambeira, e subir sem água é loucura.

Cachoeira da Mata by Patricia Cuyumjian
Cachoeira da Escada by Patricia Cuyumjian

Um dos 3 mirantes da trilha by Roger Gailland
Mirante do Cruzeiro by Patricia Cuyumjian
GPS no final da trilha do MIrante Cruzeiro by Roger Gailland.
Rô no mirante by Patricia Cuyumjian














Teve um episódio engraçado no meio da trilha, que eu nem sei como deixei acontecer, já que minha mãe me enganava com isso o tempo todo na infância. Tem várias árvores no caminho, com frutas que parecem mexerica. Pegamos uma pois eu estava com sede, e sem água, depois de ter passado a bica, descasquei e enfiei um gomo na boca. Só que era limão...e eu não tinha água nem pra beber, nem pra limpar a pele. Por sorte não manchou..


Na cidade tem várias lojinhas, de presentes, artesanatos, comidinhas, etc...Tem vários restaurantes muito charmosinhos. Fomos comer na primeira noite no restaurante João de Barro. O atendimento foi dos melhores, a comida muito boa e diferente. 
No segundo dia fizemos um almoço tarde ou um jantar cedo, no restaurante Recanto Mineiro . Foi muito gostoso, atendimento também bom, e a comida boa e bem servida.

Ficaram faltando muitos lugares pra conhecermos ali por perto. Ainda voltaremos e terei mais pra contar!

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